domingo, 29 de maio de 2011

invasão

Quanto tempo !

Um abraço, um beijo,
uma ternurinha sem graça - faz tempo que não me vejo.
São meses fiando, uma concentração absurda,
só há fios pra mim há meses:

vermelho, rosa, verde e branco
vermelho, rosa, verde e branco
vermelho, rosa, verde e branco
sempre nessa ordem.

Eu poderia dizer industrial, nessa ordem industrial,
mas estaria te enganando.

O fazer pode ser mecânico,
execução de dedo num tempo exato:
puxa amarra, vai !

Faz-se um laço, dois, três, mil
laços de qualidade afetiva,
em série: puxa amarra puxa amarra,

que dia é hoje?
Somando ontem, hoje, mais amanhã,
dá uma totalidade de horas a fio,
puxando e amarrando
continuamente, exatamente,
minto:
tenho dúvidas, me perco,
ai, maldita lacuna !
vem cheia de saudade,
faz tempo que não me vejo.



sábado, 14 de maio de 2011

há entre meus pelos e a superfície da minha pele, uma camada de poeira brilhante. ou seria amor mesmo?