O grito.
Flácido, deitado ainda
sobre a linha do diafragma.
Infame, em fato, em caroço !
A potência em esplendor.
Oro pelo grito nosso;
que seja devasto sem dor,
que ecoe livre, os mil mundos.
Temo o grito cheio,
embuxado quase vingando,
e se aqui dentro ficar com saudade?
Ficar vazio?
Choro o grito mudo,
amarelo morto,
mais uma folha amassada:
cesta, lixo.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
"O grito.
Flácido, deitado ainda,
sobre a linha do diafragma."
alguns poemas têm de ser lidos até o fim para serem considerados bons... o seu, no começo, já é excelente.
abraços, sabrina
que lindo, sá!
Oro pelo grito nosso;
que seja devasto sem dor,
que ecoe livre, os mil mundos.
amei. que ecoe livre, os mil mundos.
Alimentando-se do mundo.
oh se temo esse grito embuxado
da saudade calada...
mt bom;)
T.
Enviar um comentário