quinta-feira, 6 de novembro de 2008

cité de la petit mort

Decolagem agora tem rumo!





Muitas costas, espumas, laranjas, azuis, metais estão por vir.
Suculentos figos, caquis, cuscuz, castanhas, de escorrer
saliva, cheiro, e boca.
O barulho do mar é fotografável: revela-se de cima pra baixo, da superfície àprofunda pele, fixando-se aí.
Inscreve uma canção particular.
O vento é um abraço de rede, tem arco elástico para te lançar.
As cidades invisíveis agora marcam um pulso rítmico. Chamam com vozes de veludo e misteriosas, chamam - são perigosas.
Não foram descobertas, seguem cobertas por uma capa de película fina e invisível.
São terras e mais terras riquíssimas, frutíferas, úmidas e quentes, querem que as fecundem, que as façam gozar.




*para Calvino

4 comentários:

Clara Cavour disse...

parei pra ler esse aqui de novo. e achei bom demais!

gostei muito de "revela-se de cima pra baixo, da superfície àprofunda pele, fixando-se aí"

"O vento é um abraço de rede, tem arco elástico para te lançar"

"Muitas costas, espumas, laranjas, azuis, metais estão por vir"

imagens-poema, poema-imagens

Clara Cavour disse...

ah! e gostei da música pra decolagem!

Sabrina Nóbrega disse...

imagens-sons

para gosto

Sabrina Nóbrega disse...

trilha: arnaldo antunes, para o grupo corpo