Para que um dia deixe pra lá
esse andar de joelhos,
promessa repetida,
o escuro na lingua,
o pranto passado,
violência afiada, não,
não irei de barroco mais
travar nenhum duelo de sangue,
não haverá diabo, nem santo,
pecado mastigado a sal não,
eu garanto, vai ter alforria,
vai reluzir do preto,
meus dentes brancos
um perdão inacabado.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
sobre o amor
Aquele mais banal
e por isso mais complexo:
pele, músculo, osso,
dentro e fora.
Se algum dia cri amar,
me enganei;
tava espantada.
e por isso mais complexo:
pele, músculo, osso,
dentro e fora.
Se algum dia cri amar,
me enganei;
tava espantada.
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