terça-feira, 7 de abril de 2009

a fronteira da alvorada...

...de todos esses animais fantásticos, não tenho dúvida de que os da predileção de Borges são os que chama de "animais dos espelhos". Conta que, na época do Imperador Amarelo, o mundo dos homens e dos espelhos não eram, como agora, incomunicáveis e, além do mais, os seres de um e outro mundo não coicidiam nem em forma nem em cores. Passava-se de um mundo para o outro sem problema. Até que certa noite o pessoal do espelho invadiu a terra, travando-se uma sangrenta batalha, vencida pelas tropas do imperador Amarelo, que rechaçou os invasores e os encarcerou nos espelhos, imponde-lhes a tarefa de repetir todos os atos dos homens. Mas dia chegará em que aqueles oprimidos se libertarão e reunirão forças para romper as barreiras do vidro e do metal. e há quem diga que, antes da invasão, ouviremos, vindo do fundo dos espelhos, o rumor das armas...


ferreira gullar



1 comentário:

Carleto Gaspar 1797 disse...

Entre os índios Sioux, é costume usar os ventos como baquetas para fazer ressoar o tambor do trovão, afirma Borges no livro dos seres imaginários

abs