quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

da série "oníricos"

Queria um poema de êxtase, vejo-o, mas só tenho esse vestido preto.
O vento me toca com o tecido, sinto as pernas, mas não sinto êxtase.
Minhas asas estão armadas.

...


acho que também vi no flanco do motor o mesmo anjo encouraçado.

O vazio se desloca, ausência de luz torna-se hiato de som.


[cena muda : visto nada]

4 comentários:

omnia in uno disse...

ontem, a cena vista:

são jerônimo, fabuloso, vestido em túnica preta, distanciava-se do quadro abraçado a duas mulheres: formou-se um anjo de asas negras e longilíneas - a cena mudou

Sabrina Nóbrega disse...

que bonito são jerônimo, adorei...

eis que libertados do ponto teia; o ponto de fuga aparece para salvar misericordiosamente aquela alma em
pena

Luisa Coser disse...

anjos cáidos
de torres medievais
e alguém esperava uma confissão.
à espera de um perdão...

Adrianna Coelho disse...


e eu avisto tudo!