Dessa vez a lembrança veio agressiva, veio assim, feito um povo na luta por terra. Migrava para se saber física, no espaço. Tão agressiva foi a lembrança que o agora se fingiu de morto, uma atitude de sobrevivência
...
A cozinha é o maior cômodo, é toda aberta com a pia de frente para o jardim... Na única parede tem um relógio cuco. Espero meio dia sair o pássaro de plástico, vem da janela avisar o pulso e se fecha na casa relógio. Sei que meio dia sou pássaro também.
(o passado inebria, só tem um cheiro amarelado. Não me importo com o cheiro amarelado, me importo com o sossego amortecido de quem espera)
Após a bem sucedida posse da lembrança, ela marca, outra letra e vai embora.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
sabrina,
eu estou adorando a sua série onírica!
"o passado veste bem, só tem cheiro amarelado"
e vc traz o novo!
beijos
o passado re-inventado com cheiro de naftlaina, com cores de serpentinas, desneho animado de criança, tudo é ficção... álbum de família amarelinho, gastado.. e me olho. ainda. re-visitando as possiblidades de memória. beijoooo.vai ser forte na vida... mais adelia.
Enviar um comentário